terça-feira, 28 de abril de 2009

THE DECISION
Esta é uma mensagem dedicada a todos os indecisos do mundo. Todos os dias somos assaltados por uma série de dúvidas existenciais e tomar uma decisão torna-se um risco crescente. Nem o tempo ajuda. Vou ou não vou? Gasto ou poupo? Botas ou sandálias? Baba de camelo ou laranja ao natural? Um fim-de-semana em casa a ver televisão ou alguns dias no Algarve a divertir-me que nem um louco? Uma aula surf ou uma visita às colmeias mascarado de apicultor? Dolce fare niente ou o não tão doce fare tudo? Arrrgghhhh... quantas encruzilhadas sem qualquer sinalização que indique o melhor caminho. Nestas ocasiões, tendemos a aconselhar a direcção Sul, o que é extramamente suspeito, mas a verdade é que quem anda à procura de um Norte, já há muito se perdeu e é por isso que achamos que se calhar o melhor é começar à procura de um Sul. Uma ideia peregrina, mas que pode resultar. É uma questão de tentar. Alternativamente, vai ao website da Knock Knock (www.knockknock.biz) e compra um The Decision Kit. É genial. Inclui listas "oh-tão-úteis" de Pros e Contras, intuições e próximos passos, um pin "I decided Today", algumas citações sobre tomada de decisões, entre outras ajudas imprescindíveis. O problema é que quando entrar no site Knock Knock, pode ficar um pouco indeciso... As propostas são todas muito tentadoras.

terça-feira, 21 de abril de 2009

P.S.
E o que escreveu Vera Lagoa (no seu caderninho de notas ou não) sobre o Burgau, quando lá esteve em 1967, foi o seguinte: "

Como não quero estragar a praia, não lhes digo onde é nem como se chega a Burgau. Difícil o caminho. E ainda bem. Mas não tanto, por favor.

Já se sabe que é no Algarve, e pronto. Caminho asfaltado mas, quando se chega a um cruzamento que diz “Praia do Burgau” – restaurante Âncora, começam – e nunca mais acabam a não ser no mar – os calhaus.

Pneus de carro, uma desgraça. Suspenção, outra. Poeirada, esgotos pelo meio daquilo a que se devia chamar ruas, etc. Muitas galinhas, muitas mulheres vestidas de negro, alguns cães.

Falei em Restaurante Âncora? Pois, é de um inglês. Eles descobrem tudo, eles comem tudo. Por mim, prefiro o Beira-mar. Antiga tasca, ainda não restaurante, televisão, pescadores bebendo a sua “rabrunheira”, comida excelente.

Caldeiradas, linguados fritos, carne optima (onde a conseguirão?) tudo traz a Julieta, uma rapariga que se levanta de madrugada para ir à cidade mais próxima (em Burgau o peixe é vendido para o estrangeiro) fazer compras. Vai e vem de camioneta, sempre sorridente, chega ao Beira-Mar ainda a tempo de que se faça o almoço. Quem o faz? Outra mulher de negro que a Marie Claire chama de “senhora Crisântemo” (nada a ver com a Butterfly). Chama-lhe assim porque ainda não lhe entendeu o nome. Eu também não. Fiquemos no Crisântemo.

Mesa limpa. Tudo abundante. Boa fruta. Sorrisos da Julieta, de Crisântemo e do Idalino. Aqui cheguei ao patrão. Idalino anda sempre de boné na cabeça, como patrão que se preza. Faz poucas vezes a barba porque aquilo é gente que tem muito que fazer e quase não se deita. Idalino é um homem modesto, mas atrai mais gente ao Burgau do que alumas centenas de cartazes turísticos.

Gente simples, bondosa. Não há perigo em se encontrar no Beira-Mar Alcácias ou Amadeus. Esses vão ao Âncora. A casa do Idalino vai gente despretenciosa. Aquela que tem uns dias de férias para passar a família. Todos têm muitas crianças. Não há uma discussão. Ninguém se embebeda a não ser de sol.

Esta gente, a do Idalino, seus amigos e alguns banhistas, fizeram um dia destes, uma coisa linda. Para mim, foi. Meu filho deixou cair o carro num buraco de onde seria difícil tirá-lo. Vieram todos. Todos ajudaram. Portugues. Um estrangeiro. Todos fizeram força. Eu estava ali a assistir, comovida. Ninguém nos conhecia. Mas estávamos em dificuldades. Que gente boa, aquela do Burgau!

Os fins de tarde. A água do mar parada. Restos de sol e, finalmente, um pouco de frescura. Ninguém pensa em vestidos. Uma blusa por cima do “maillot”e chega. Os homens vestidos de tronco nú. A solidariedade lindo do dia em que o carro caiu, mantém-se. Todos dizem “bom dia” e sorriem. As crianças vão sozinhas para a praia. Ninguém fecha o carro, porque não há exemplo de roubarem alguma coisa. A chave fica sempre na porta.

Não só facilidades no entanto. Burgau tinha, até há uns dias um encarregado do correio, o senhor Reis. Dava a casa, tinha lá uma cabina telefónica, registava encomendas, vendia selos, etc. Pois os C.T.T recusaram-se a pagar o ordenado da empregada que o senhor Reis lá tinha (ele trabalhava de graça). Burgau é quase desconhecido. Mas já tem banhistas. E muitos, muitos franceses e ingleses. Toda essa gente, em chegando o Verão, dá um trabalho enorme À casa do senhor Reis. E os C.T.T nada.

Então o senhor Reis decidiu-se aos grandes passos. Recusou-se (e muito bem) a enviar e receber encomendas, a receber ou mandar telegramas, etc, etc. Temos portanto, uma terra que daqui a muito pouco tempo será anunciada como um “paraíso no Algarve” sem telefone, sem correios, completamente isolada do mundo.

Não quererão os C.T.T reconsiderar e impedir que o senhor Reis feche a porta? Estive dois dias à espera de um telegrama e tive de o ir buscar à tal cidade mais próxima. Na era atómica.

Ah! É verdade! Não quererá a Câmara Municipal da tal “cidade mais próxima” fazer esgotos em Burgau? Não quererá, depois fazer-lhe ruas? A gente de Burgau merece. É gente que vive do mar e de alugar, no Verão, casas aos banhistas. E do sol, evidentemente. E mais nada."

Este texto foi retirado do Portal do Burgau (www.algarvento.com).


UM CADERNINHO DE NOTAS
Um caderninho de notas é indispensável. Como gostamos de tudo o que é simples e português, sugerimos os Cadernos Serrote (www.serrote.com). São maravilhosos. Haverá melhor sensação do que abrir um Caderno lindo e lisinho, pronto a receber todos as nossas impressões, ideias ou confissões? Naquelas folhas pode escrever tudo o que lhe vier à cabeça. Pode começar por escrever, por exemplo, os contactos da Cenário para que nunca perca o nosso rumo. Pode também descrever todas as experiências que viver na nossa companhia. Uma sessão de Yoga ao amanhecer, um passeio de bote ao entardecer, a descoberta de uma rota do mel a meio da tarde. Pode contar como foi aquele passeio de bicicleta, que lhe permitiu conhecer a Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe, na Raposeira, ou como se portou bem o cavalo em que passeou na praia do Zavial. Escreva a receita para cozinhar uns deliciosos Burgaus ou descreva os aromas que tornam as noites desta região tão inesquecíveis. Conte todos os passos ou então conte as estrelas que vê no céu. Pode também não contar nada e usar o liso das páginas para desenhar o que vê à sua volta. O que importa é que não esqueça o seu Caderno. Não temos a certeza, mas se calhar foi num caderninho de notas que a Vera Lagoa escreveu as suas impressões sobre a praia do Burgau, quando lá esteve em 1967.

terça-feira, 14 de abril de 2009

TURISMO ESPIRITUAL
"Para saber o Caminho/ Vamos pelo Caminho/ Fazemos o Caminho/ Da maneira como fazemos/ As coisas que fazemos/ Está tudo à tua frente/ Mas se te esforças muito para o ver/ Acabas por ficar confuso/Eu sou eu/ E tu és tu/ Como podes ver/ Mas quando fizeres/ As coisas que tu sabes fazer/ Encontrarás o Caminho/ E o Caminho seguir-te-á", canta o Winnie the Pooh no muito divertido e interessante livro da autoria de Benjamin Hoff, The Tao of Pooh. Cada vez são mais aqueles que procuram o Caminho e fazem-no das mais variadas formas. A ler, a praticar Yoga ou a viajar. Lourdes reapareceu nos mapas como destino de férias, mas há muitas mais ofertas para aqueles que procuram um significado mais profundo para as suas existências: retiros de Yoga, fins-de-semana em Spas New Age, aventuras espirituais, viagens a locais sagrados, acampamentos de meditação, são algumas das propostas. Nós acreditamos que quanto mais se procura o Caminho de que fala o Winnie the Pooh, mais dificil ele é de encontrar. Mais vale parar. Ficar quieto e simplesmente ser. Deixe a vida revelar-se. Aqui no Barlavento Algarvio isso é muito fácil de acontecer. A natureza agreste deste Cenário, a luminosidade, os aromas, a inexistencia do tempo tal como o conhecemos, fazem magia e, quando nos deixamos envolver por ela, é fácil encontrar o Caminho.

terça-feira, 7 de abril de 2009

FÉRIAS MEDICINAIS
Há muito, muito tempo, as pessoas iam "a banhos". Instalavam-se durante uma temporada junto ao mar e aí curavam as mais diversas maleitas, que tinham tendência a acumular-se durante os meses mais húmidos do ano. Mudaram-se os tempos e as maleitas deixaram de ser alvo de temporadas à beira-mar ou à beira do que quer que fosse, mas os tempos voltaram a mudar e agora as férias medicinais voltaram a estar em voga. Que o digam os ingleses... São cada vez mais as pessoas que viajam para tratar da sua saúde. Há todo o tipo de ofertas, mas as cirurgias plásticas e os tratamentos dentários têm vindo a ganhar cada vez mais adeptos. Viaja-se para um lugar exótico, faz-se o tratamento ou a cirurgia que se tem a fazer e ainda sobra tempo para recuperar placidamente em alguma praia paradisíaca. Sai mais barato e é muito mais rápido. A Croácia é, por exemplo, o hotspot dos tratamentos dentários, mas há que ter atenção e pesquisar cuidadosamente todas as ofertas, para que o tratamento de sonho não acabe no seu pior pesadelo. Aqui no Balavento Algarvio não temos nenhuma especialidade cirúrgica, mas temos um bem muito precioso e essencial à sua saúde. A água de Monchique, que é extremamente alcalina (ph 9,5) e por isso ideal para prevenir uma série de doenças que adoram proliferar em ambientes ácidos (a maioria de nós tem o corpo mais ácido do que alcalino e isso é algo que devemos tentar mudar). Além disso, a água de Monchique é óptima para prevenir cáries e assim não precisa de ir até à Croácia para fazer tratamentos dentários. Propomos que venha fazer umas Férias Preventivas, saem muito mais baratas que quaisquer Férias Medicinais.